'Natureza Humana', de Mónica Lima, e '2720', de Basil da Cunha, são dois dos grandes vencedores da 31.ª edição do Curtas Vila do Conde.
'Natureza Humana' (Portugal / Alemanha, 2023, FIC, 25 min), de Mónica Lima, é um dos grandes vencedores do 31.º Curtas Vila do Conde. Depois de ter sido premiado no Festival Regard e no Festival de Cinema de Roterdão, o filme conquista agora o Prémio de Melhor Filme Nacional e o Prémio do Público da Competição Nacional.
Basil da Cunha, com a sua última curta-metragem '2720' (Portugal / Suíça, 2023, FIC, DOC, 24 min), é também um dos grandes vencedores do 31.º Curtas Vila do Conde. Depois da estreia no Festival Visions do Réel e no Festival de Curtas-metragens Oberhausen, conquista agora o Prémio de Melhor Realizador da Competição Nacional e Prémio do Público da Competição Internacional em Vila do Conde.
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Declarações do Júri
Um trabalho que se destaca pela beleza das imagens e a profundeza dos silêncios. Realizado a partir de uma compreensão comovente da natureza humana, os desempenhos e a sensualidade dos quadros arrastam-nos para o âmago de uma comunidade que observa um mundo a desaparecer, onde o vínculo semeado se transforma no sustento mais necessário. Um retrato delicado que nos leva pelas paisagens internas que um casal em luto atravessa. O júri atribuiu o prémio para a Melhor Curta-Metragem Portuguesa a NATUREZA HUMANA de Mónica Lima.
Devido à solvência do tempo da narrativa, à disposição da luz e à mise-en-scene, a história transforma-se numa dança meândrica de encontros e descobertas poéticas que retratam as relações e personagens da vida diária de uma comunidade. Durante o filme, o enquadramento leva-nos a focar no que está no interior enquanto o som ubíquo está presente para nos relembrar das constantes ameaças externas que enfrentam diariamente. Pela mestria e inteligência no uso da câmara que penetra e revela um local a que ele chama de “lar”, o prémio para Melhor Realizador Português vai para BASIL DA CUNHA, pelo filme 2720.